sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011!
Que todos os vossos desejos se concretizem!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Porquê estar com alguém que não nos ama?

Talvez porque se vá mantendo a esperança que um dia isso vai mudar.
Talvez porque ainda não se deu conta que o ponto anterior nunca acontecerá.
Ou porque o dia em que "afinal o meu amor não chega para os dois" ainda não chegou.
Também porque há medo que mais ninguém vá querer a nossa companhia.
Talvez porque não há coragem para admitir que aquilo nunca irá a lado nenhum.

Talvez. Talvez. Talvez.

i secretly stopped to increase my love for you.

sábado, 11 de dezembro de 2010

I just can't handle on this!

Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!
Falo contigo, fico com a mente clara, as dúvidas desvanecem!
Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!
Falo contigo, fico com a mente clara, as dúvidas desvanecem!
Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!
Falo contigo, fico com a mente clara, as dúvidas desvanecem!
Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!
Falo contigo, fico com a mente clara, as dúvidas desvanecem!
Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!
Falo contigo, fico com a mente clara, as dúvidas desvanecem!
Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!
Falo contigo, fico com a mente clara, as dúvidas desvanecem!
Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!
Falo contigo, fico com a mente clara, as dúvidas desvanecem!
Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!
Falo contigo, fico com a mente clara, as dúvidas desvanecem!
Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!
Falo contigo, fico com a mente clara, as dúvidas desvanecem!
Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!
Falo contigo, fico com a mente clara, as dúvidas desvanecem!
Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!
Falo contigo, fico com a mente clara, as dúvidas desvanecem!
Quando não falamos por algum tempo, fico com a mente nublada, cheia de dúvidas!

Man Down



É mesmo isso.
Man Down.
Now.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

...sinto uma calma tão estranha quanto apaziguadora...





...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Preciso de ti.
Sussurros nos ouvidos. Já não os oiço. Tenho saudades de quando tudo era perfeito.
De quando era para sempre.
Já não parecemos o que éramos. Às vezes sinto-te estranho. Longe. De mim.
O problema sou eu. Já não sou perfeita, já não me vês perfeita.
Tu continuas perfeito, a ser tudo. Eu é que desiludo sempre.

domingo, 19 de setembro de 2010

Damn!

Diz que tenho que pensar assim:

Primeiro eu e depois nós.

Sei que é uma fase muito importante em que tenho que me concentrar em mim, tenho que olhar pelo meu futuro e tudo e tudo. Só não sei se sou capaz de fazer isso sem ti. Tenho o teu apoio. Mas não consigo por-nos de lado, em standby durante um ano ou dois, ou talvez mais. Isso é tempo suficiente para que tudo deixe de fazer sentido.

Hum. Estou confusa!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Se há coisa que não se entende e que dói de verdade são as dores do coração!
Ninguém vê. Mas dói pra caraças! Odeio isto!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Um quilo de algodão e um quilo de chumbo

Eu sou um quilo de algodão.
Encho-te de mensagens de saudades, de mensagens de gostar. O meu quilo de saudades ocupa muito espaço na tua vida longe de mim.
Tu és um quilo de chumbo.
Não me enches de mensagens de saudades nem de mensagens de gostar. O teu quilo de saudades não ocupa muito espaço na minha vida longe de ti. Mas é tão sentido quanto o meu.

Porque eu sou de ocupar espaço e tu és de intensidade.
Cada segundo que passa é menos um para estar ao pé de ti.


sábado, 4 de setembro de 2010

Saudade

Espera! Sabes o que é saudade?
Um aperto que não termina.
Um pensamento que não cessa. Durante o dia e durante a noite.
Sonhos a dormir e acordada.
Um lembrar de momentos, bons momentos.
Sorrisos, abraços, tudo faz um arrepio que sobe pela costas.
Parece tudo tão distante.
Espera! Será que foi real?
Estiveste mesmo aqui?
Nestes caminhos e passeios que tanto ficam na minha memória.
Nessas camas, nesses quartos onde já tanto rimos e conversámos.
Ai, saudade. Que dói. Dói muito.
Aperta.
Contorce.
Treme.
Saudade. Existe porque não estás aqui. Deixaste espaço para ela.
Existe porque existem bons momentos para lembrar.
Não se sente este sentimento profundamente sentido por algo que não foi bom.
Tu és bom.
Saudade existe porque é bom matá-la.
É nisso que só penso agora. Nessa hora de a matar. Cometeremos o crime perfeito, quando essa hora chegar!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010


Lembrei-me que me costumavas chamar Lua, pequeno amigo.
Que toda a gente chamasse pelo meu nome com o carinho com que tu me chamavas Lua.
Ou Flor do Dia. Mas eu gostava mais de Lua.




quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vida, uma longa viagem.


Por caminhos inconstantes. Por pessoas diferentes, indiferentes, importantes, desinteressantes. Por portas, puxe e empurre. Janelas, abertas e fechadas. Flores, vermelhas, brancas, cor-de-rosa, cor-de-laranja, lilás. Por calçadas portuguesea, lisas, asfalto, terra batida. Por casas grandes, pequenas, ricas, modernas, pobres. Escadas acima, escadas abaixo. Elevadores, teleféricos. Por ti, pelos caminhos do teu corpo, passos inconstantes da minhas mãos, dos meus lábios nos teus, passos inconstantes. Inconstantes. Por aqui e por ali passa a viagem que é a nossa vida. Que é a minha vida. Viagem que sobe e desce colinas verdes, areais dourados, encostas castanhas, cor da terra. Cheiro a terra molhada pelas primeiras chuvas de outono. Por lágrimas quentes que correm pela face abaixo, umas de alegria outras de tristeza. Tudo e todos correm nesta viagem. O pensamento corre, o olhar corre, as pernas correm, os beijos correm, as palavras correm. É uma viagem que não pára, nem aqui nem em lado nenhum, longa, inconstante. Viver com intensidade, é a melhor que viagem que se pode fazer.


Texto para a Fábrica de Letras - desafio "uma longa viagem"

sábado, 24 de julho de 2010

Disparou

Mudar de casa, não é mudar de vida. Nunca foi. Mas há quem ainda alimente essa ideia na esperança que tudo seja o que nunca foi. Ela acreditava.
Os primeiros dias foram fantásticos, alimentaram o sonho de sempre, o sonho que nunca se tinha realizado. Pensou que sim, era agora que iam ser felizes. Os dias passaram e a casa já parecia a antiga, já não estava sempre arrumada, os cuidados diminuíram. Assim como ele. Voltou a sair para lugares incertos, sozinho, e a chegar a horas incertas. Voltou a deixá-la sozinha naquela casa que era grande demais para apenas uma pessoa. A televisão enchia-lhe a casa e fazia-a esquecer de uma realidade que sempre viveu, com ele. Uma realidade que nunca ia mudar. Francisca era linda, sorridente. Não deixava que ninguém soubesse o que se passava no seu coração, na sua cabeça. Julgavam-na feliz apesar de saberem a vida que levava com ele. Um dia ele chegou, eram 01h34 da manhã, viu ela no mostrador do despertador de números vermelhos. Bateu com as portas, chamou-a, estava bêbado, como sempre, pensou ela. Reclamou da sopa que já tinha ficado fria, queria discutir com ela como se ela tivesse culpa dos copos que sempre bebe a mais. Francisca não aguentava mais. Foi ao quarto, mudou-se enquanto ele gritava para que ela voltasse, voltou vestida, e com um pequeno saco na mão. Abriu a porta. E disparou! Porta fora... Sem voltar o olhar para trás. Não olhou e correu até não poder mais. Tinha chegado o dia de ser feliz.




Texto subordinado ao tema Disparou, para a Fábrica de Letras


sábado, 17 de julho de 2010

Sublime.




Faz-me bem.

Rodrigo Leão - As cidades

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Amar é gostar muito.
Adorar é venerar.

Já não estou zangada com o amor, nem comigo, nem contigo, nem com o gostar, nem com nada.

Estou bem.

domingo, 11 de julho de 2010

Alma insatisfeita.

Sinto-me a deambular por mundos que só conheço de vez em quando.
Há muito que não me sentia tão perdida dentro de mim mesma. Não me conheço. O melhor que sei para explicar como me sinto, é dizer que me sinto na pele de Fernando Pessoa. Sinto-me nele. Todos os seus poemas, devaneios, busca de alma, busca de um eu que não conseguimos conhecer nem alcançar. Sinto-me assim.
Não me conheço. Não sei quem sou. Não tenho controlo sobre mim, apetece-me gritar, chorar. Fazer um escândalo em frente a meio mundo e depois rir-me. Porque ninguém tem nada a ver com o que eu sinto. E tudo o que sinto é só em relação a mim. A alguém que tenho dentro de mim e não conheço. Que de vez em quando se revela e me põe exposta a todas as emoções, deste mundo e do outro.
Posso-me rir. Posso chorar. Dançar. Gritar. Cantar. Não me conheço hoje. Tenho dupla personalidade. Eu sei que tenho e sinto que tenho, mas só tem a ver comigo. Não tem a ver contigo. Tenho esta loucura inexplicável de não querer ninguém perto de mim. De querer estar sozinha e pensar em coisas que mais ninguém pensa. Sou louca. A minha alma é louca. Mas se olharem para mim, sou normal. A nossa alma, o nosso ser, é o lugar mais obscuro de nós. E eu só tento conhecê-lo. Incansavelmente.







Certeza

Devia sentir menos e agir mais.
Porque é que há músicas de amor?
Porque é que o mundo gira à volta do amor?
Porque é que se passam anos à espera de ouvira daquela boca "és o meu amor"?
Porquê?
Se nada disso existe.
Se as mulheres idealizam demais.
Se os homens idealizam de menos.
Se há homens que amam realmente e não têm quem querem.
Se há mulheres que amam quem não lhes dá valor.
Porquê?

sábado, 10 de julho de 2010

Nomenclaturas

"Isso do amor, é estranho.
Toda a agente diz que ama, para todo o lado.
Não sei o que é.
E se lhe chamarmos electricidade?
Dá choque."

Assim fico mais descansada.
Gostas de mim a sério.
Falar de amor é desnecessário.

Sente-se apenas.





segunda-feira, 5 de julho de 2010

Não

Hoje é apenas mais um dos dias em que penso que para os dois podermos ser felizes, temos que nos deixar. Temos que ir embora os dois. Nunca mais nos vermos. Não vejo outra maneira de sermos felizes. Porque estar perto de ti sem estar contigo é muito mais complicado que estar longe e já não fazer parte da tua vida. Porque estar perto de ti sem poder estar contigo faz-me confusão. Não me deixa pensar noutra coisa senão em ti e se também estarás a pensar em mim. Odeio quando me recebes com mil pedras em cada mão e atiras como se não me magoasse ou como se já fosse normal receberes-me assim. Se calhar até é. Somo assim: de extremos. Ou contigo totalmente ou completamente sem ti. Sermos parte um do outro sem estarmos juntos fisicamente não dá, definitivamente, para nós. Não dá. E não há volta a dar.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Capacidades

Entre o amor e ódio há uma linha tão ténue que chego a confundir os dois sentimentos. Depois até duvido se algum deles exista, ou até se não será tudo o mesmo, mas o amor, a calma e o ódio o reboliço. Confundem-me. Não que eu odeie alguém, mas a raiva que algumas coisas me provocam, ou melhor, a dor que algumas coisas me provocam, fazem o com que o amor que sinto grite tão alto, mas tão alto e faça algo, lá dentro (aquele sítio abstracto chamado coração), sentir de maneira tão abrupta, que até parece ódio. Calma, porque não é. Nos dias piores, penso que é impossível existir amor e logo não te posso odiar. Mas penso também que só quem um dia amou é que tem a (fraca) capacidade para odiar.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

love (?) will tear us appart.

Hoje era um daqueles dias em que era capaz de deixar tudo, a ti incluído e ir viver a minha vida do outro lado do mundo. Literalmente. Nunca perceberás o que sinto, como sinto, a intensidade que o teu sorriso provoca em mim. A calma que o teu olhar me dá. Eu olho para ti com todo o amor que tenho e tu nunca reparaste nisso. Vês-me: uma rapariga à tua frente que diz que gosta de ti, com um top branco, uns jeans desbotados e umas sandálias de salto alto, com um cabelo ondulado, comprido e com as unhas pintadas de uma cor qualquer, rosa, lilás, vermelho. Não vês mais nada em mim, não vês como te quero, não vês como preciso de ti, não vês que te amo. Não vês, nunca verás. Não percebes isto e nunca perceberás.

sábado, 19 de junho de 2010

Feliz aniversário - de mim para mim

Se há coisa que me deixa nostálgica é o dia do meu aniversário. Não gosto de fazer anos. Começo a fazer a contagem, um mês antes. O momento da meia-noite, quando começo a receber os parabéns é um misto de alegria e tristeza. Mas afinal porque fico triste? Estou viva, tenho uma vida melhor que mais de 2/3 da população mundial, tenho ao meu lado pessoas que gostam de mim! Fico triste porque me lembro de todas os que passaram na minha vida, os que saíram porque quiseram, os que foram porque a morte os chamou. Aqueles que vão estar sempre comigo, que me marcaram e hoje não estão cá. Lembro-me dos maus momentos que aconteceram nestes anos. Dos bons também me lembro, mas desses lembro-me quase todos os dias. Posso dizer que vivo em função dos bons momentos, de quem me faz feliz. Deprimo sempre no dia 19 de Junho. E sinto que vai ser assim, nem que eu viva 100 anos. Gosto de ter um momento só para mim neste dia. Estou a tê-lo agora. A pensar, nem sei bem em quê. Há anos em que escrevo um poema, noutros oiço música enquanto penso e respondo aos parabéns que me vão dando. Este ano acabei de ficar sem vontade de nada. Convidei amigos, os meus amigos de sempre e os meus novos amigos para festejar. Já fiquei sem motivos. Duas pessoas de quem gosto muito desiludiram-me. Por isso é que o meu coração anda choramingão. Por isso é que lhe atendi o telemóvel a chorar. Nada me deixa mais triste do que ver o amor que dou ser posto de lado por caprichos de vista e por manias de não ser fiel com tudo o que se tem. Mas isso passa. Passa. Hoje, à tarde, resolvo isso. E os 21 já estão marcados, assim como os 16 ficaram. As mensagens continuam a chegar. Há os que gostam de mim de verdade, os que simpatizam, os que conhecem de vista. Todos me dão os parabéns. Sabe bem. Mas a nostalgia está de tal modo acomodada que já nada a tira daqui neste dia. Nasci. Penso tanto neste dia, para pelo menos uma vez no ano renascer, avaliar quem sou, quem fui, quem quero ser! Gosto de o fazer, e no fim do dia, destas 24h agri-doces, estar com um sorriso nos lábios porque não sendo perfeita, sei que sou alguém fiel aos seus princípios e que se me perguntassem que se eu não fosse eu, seria minha amiga, respondia que sim. Os defeitos sei-os de cor, as qualidades vou descobrindo-as ao longo da minha vida e das vidas que se cruzam com a minha. Teria muito mais a dizer. Mas neste momento estou apenas a senti-lo. Os objectivos a cumprir neste novo ano de vida estão traçados. Agora é lutar por eles, lutar por mim.
Mais um ano, nesta vida.
Como se diz, 21 primaveras.
Já! Passou tudo tão rápido.
Sinto que ainda não fiz nada!
Sonho tanto! Tenho tantos medos!
Nus 21. Crus, repentinos.
Felizes? A maior parte deles, sim.

sábado, 5 de junho de 2010

Estava vazio...

Fugiu. Fugiu para lugar desconhecido. Fugiu porque aquele olhar que já lhe brilhara um dia, muitos dias, aquele olhar que já lhe transmitira paz e segurança, aquele olhar que era amor, carinho, ternura, se transformara. As palavras soaram duras, tão duras que nada as quebrou, a palavra, aquela da qual se arrepende todos os dias, soou arrepiante, cortou o silêncio daquela noite estrelada e que fora imaginada feliz mas cuja felicidade não se concretizou. A palavra, ecoou.
Odeio-te!
Odeio-te!
Odeio-te!
O olhar dele estava diferente, o olhar dele já não era terno nem meigo nem calmo nem brilhava nem tinha amor. O olhar dele gelou, o olhar dele estava vazio. E o dela ficou molhado, escorreu pela face e fê-la sentir-se sem norte, sem rumo, sem nada, o seu interior estava vazio. Só conseguia fazer uma coisa, gritar, gritar que não! Não o odiava, que era mentira. Que o queria mais perto do que nunca, mas da cabeça dela não saía o olhar vazio e gelado dele, da cabeça dela não saía o olhar mais triste e sincero que vira. Sentiu que o perdeu. Não como das outras vezes, desta vez era para sempre. O seu coração já não sentia nada, já não tinha esperança. Estava vazio como o olhar que viu naquela noite estrelada.

Texto para a Fábrica de Letras em resposta ao tema de Junho.


terça-feira, 18 de maio de 2010

Paixão

Sangue que ferve enquanto espera
Num fogo sempre a consumir
Com um lume que ilumina
Um olhar que fervilha pelo sentir
Demasiado quente, sem demora
Tudo é baço à volta,
Já nada se define. Respira.
Chegaste, está na hora
Somos um. Calafrio profundo.
Neste momento senti um mundo
É até uma agonia, singela e pura
Paixão, nua e crua.



Para a Fábrica de Letras subordinado ao tema Paixão

terça-feira, 11 de maio de 2010

Mãos

As minhas mãos começam a dar sinais
Sinais de que estás a chegar
Elas tremem e transpiram
Que até parecem chorar
De alegria, ansiedade. Querem-te.
Apertar contra mim
Num envolvimento perfeito
Quase surreal, letal
Sinto um sufoco quase desesperado
Que fica trancado, entrelaçado
No desejo de ti.
Elas transpiram. Tenho medo.
Não recues. Não rejeites.
Fica, entrelaça, desespera, aperta.

domingo, 9 de maio de 2010

Confusões sentimentais

Do meu interior te digo
Que só não digo
O que realmente sinto
Estou desgastada
Sem cor, sem sabor, sem textura
Já não há amor que chegue
Para tanta dor acumulada
Qual olhar sentido e chorado
A minha alma denegrida
Sofre como eu respiro
Sofrer é respirar
Entra, e não sai...
Vai-se instalando
E formando um grito, um nó
Que se solta sem piedade nem dó
De ti.
Estou só.
Sinto-me só.
Porque tu és quem causa este turbilhão
Não há amor. O amor não existe
É apenas utopia, ilusão
Desmanchada de um qualquer sonho
Que nem sonho foi.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sometimes i think that i could love you forever and sometimes i don't.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Questões

A intermitência dos meus sentimentos por ti põem-me em franja de nervos e de amor! Ora gosto de ti, ora quero-te longe, ora quero um beijo, ora quero a despedida, o para sempre, e depois quero o nunca. Tudo tão seguido que parece ser contínuo, este baile de desejos e quereres que nascem dentro de mim. Alma insatisfeita, que transforma uma frequência fraca e dura em algo que se desfaz, que escorre e forma a ininterrupta e quase invisível, mas constante, linha da nossa ligação. Nem com ela, nem sem ela.

sábado, 27 de março de 2010

Just thinkig about you...


[we]

Tu és o dono do lugar onde todos os meus pensamentos se vão esconder e bem debaixo da tua roupa é onde eu os vou encontrar, debaixo delas há uma história sem fim, está lá o homem que eu escolhi.

domingo, 21 de março de 2010

Força de Cretcheu

Ca tem nada na es bida
Mas grande que amor
Se Deus ca tem medida
Amor inda é maior.
Maior que mar, que céu
Mas, entre tudo cretcheu
De meu inda é maior

Cretcheu más sabe,
É quel que é di meu
Ele é que é tchabe
Que abrim nha céu.
Cretcheu más sabe
É quel qui crem
Ai sim perdel
Morte dja bem

Ó força de chetcheu,
Que abrim nha asa em flôr
Dixam bá alcança céu
Pa'n bá odja Nôs Senhor
Pa'n bá pedil semente
De amor cuma ês di meu
Pa'n bem dá tudo djente
Pa tudo bá conché céu

Eugénio Tavares

Tenho aprendido um bocadinho de crioulo cabo-verdiano, este é um dos meus poemas preferidos. Chama-se "Força do Amor" e é do autor cabo-verdiano Eugénio Tavares. Para assinalar aqui o dia internacional da poesia - 21 de Março.

domingo, 14 de março de 2010

Segredo

Se há segredos em mim
Tenho medo dos que há em ti
Por pensar que podem ser
Como os que eu costumo esconder

Estou presa num enredo
Que me prende neste medo
Num lugar suspenso no tempo
Que demora a revelar um segredo

São palavras e imagens
São imagens e sons
São sons e cheiros
São cheiros e recordações
São cheiros, cheiros, cheiros
São segredos passados
Ou apenas pensamentos trancados


Dou-te a minha chave
Que é simples, fácil de copiar
Meras palavras minhas
Que fazem sonhos desmoronar

Quebrou

Tudo que sente em mim, é o meu coração
E agora está partido
Não há mais nada de bonito a dizer
Quebraram-mo e não me deram a mão
E agora estou só
Partiu, de cima abaixo
E dói tanto!
Não há nada para o curar
Nem deixando de amar

segunda-feira, 8 de março de 2010

Silêncio, uma realidade que já existe há muito tempo.

Hoje estava na paragem de autocarros e estavam uns dez miúdos talvez com 10, 11 anos. Estava um a chamar nomes (gordo, porco..) a outro e os outros todos a rirem. O miúdo gozado dizia para pararem mas ainda gozavam mais e davam-lhe encontrões. Ele veio para mais perto de mim e veio uma miúda que disse "Oh, ele nem fala! Ah, pois! os porcos não falam!" e todos os outros riram! Apeteceu-me sair à estalada neles todos! Eu já estava a perder a paciência, sempre detestei estas cenas e sempre fiquei do lado dos que são gozados, mesmo que o fosse também. O miúdo estava quase a chorar e os outros ao notarem, gozavam e riam ainda mais e entretanto chegou o autocarro. Todos entraram e ele ficou pra último e fui ao pé dele e disse-lhe pra ele tentar não lhes ligar, que eram um bando de estúpidos. O miúdo disse que sabia disso e que não ligava, mas estava mesmo quase a chorar e eu entrei no autocarro com as lágrimas nos olhos. Sempre odiei isto, corta-me o coração! É que são sempre 10 contra um, ou mais! A minha melhor amiga passou isto durante alguns anos, todos os dias, porque era mais magra que os outros, uma vez na sala de aula cortaram-lhe o casaco novo com uma tesoura! No 7º ano, quase toda a turma deixou de falar comigo e outra amiga nossa porque éramos amigas dela. Agora tudo passou, mas sei que essas crianças sofrem muito e se eu pudesse ajudava-os a todos, mas a verdade é que não posso! E eles mantêm-se no silêncio. Não dizem nada a ninguém e sofrem muito. Por isto é que eu digo, há crianças e crianças, e há criaturas más que só estão bem a fazer mal aos outros! Infelizmente isto é uma coisa quase impossível de parar! A minha mãe diz que há-de ser sempre assim, eu gostava de acreditar que não, mas não acredito.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Espera,

Pintei os lábios para escrever a minha boca na tua.




Não apagues.

Explicação

Recebi os dois primeiros selos para o [almost] me!

Da Métrica das Palavras:
Dizer 10 coisas que não me saem da cabeça:
Estou de férias multiplicado por dez porque não me sai mais nada da cabeça hoje!

Do Planícies da Memória:

Dizer o que acho do selo: É lindo! :)

Passo os dois a:



Obrigada :)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Querido,

As rosas que me deste, agora secas, estavam à janela a apanhar sol.
O sol foi-se e deu lugar ao vento que as levou, lavadas na chuva que caiu.
Mas não te preocupes, o sentimento e recordação ficaram.
Comigo.
Sempre comigo, como tu.
Rosas há muitas, tu és só um.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Pensar e sentir

Sensações amontoadas no meu peito
Em eternos combates silenciosos
Por isso em desequilíbrio perfeito
Com os sentimentos mais fogosos

É um estonteante caminho
Pelo interior do meu alguém
Em busca do pergaminho
Que me tira de ser ninguém

Destinos e tristes fados
Destinos e boas sortes
Todos eles foram traçados
Ao mesmo tempo que as nossas mortes
Emoções de um hoje feliz
Amanhã apenas serão
Recordações das escolhas que fiz
Por me guiar pela razão

Até a escuridão mais escura
Me traz alguma clareza
Porque a noite é pura
E mais clara que a incerteza
Apalpo o caminho por onde sigo
Pois a única coisa que sei
É que não sei se consigo
Chegar onde numa noite sonhei!

Nas dúvidas que voltam
Depois da certeza acabar
Ficam pensamentos que se soltam
Apenas pelo sentimento incomodar
Estou dentro de um labirinto
Em que tento reconciliar
O que penso e o que sinto!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Velhice


A velhice das palavras é mais velha de todas as velhices
Qual lágrima que escorre e corre, primeiro em frente
Depois encontra rugas, uma hoje outra amanhã
E já não vai em frente, mas curva cada estória
Que ficou para trás na história mas é presente no coração
As palavras não se esgotam e duram para sempre
São marcos diários que envelhecem na sua invenção
Pormenorizada ou em rima como uma canção
Canção velha, de há muitos anos, que traz memórias
Que faz lembrar estórias e histórias
Que fazem sorrir, rugas de expressão
Sentimentos antigos, livres da moderna formatação
Velhos são os trapos!
Os antigos são guapos!
Perfeitas rugas de perfeitas velhices
De quem chega ao fim mas que não é vazio
Nem há vácuo, nem está preso por um fio
De contos esquecidos ou ignorados
Memórias e pensamentos honrados
Conta-me histórias! Ela conta histórias
Que jamais outro alguém irá viver.
A velhice é de quem chega lá
É vida, vivência, experiência, sofrimento e dor
Saudade, alegrias mil, lágrimas de amor
A Deus e aos seus.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Importante

Não me esqueço nem nunca me esquecerei do dia, hora e lugar em que me chamaste "Amor".

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A vida é bela.

[foto minha - um fim de tarde de Inverno]

Ela caminhava acelerada... Não tinha a certeza que era ele, mas da maneira forte que o coração lhe bateu, só podia ser ele. Entrou no mar, sempre baixo. O dia estava a preparar-se para terminar. As águas estavam douradas e ela fascinada. O coração batia - pum! pum! pum! pum-pum! - era ele! Reencontrou-o! As ondas calmas afagavam a areia que ele pisava agora. Ela cansou-se de fugir e esperou que ele a abraçasse e tirasse dali, ao colo. O olhar dele era a coisa mais bela que jamais ela tinha visto, castanho e brilhante - aquele castanho brilhava mais do que nunca quando chocava com o verde dos dela.

A beleza não está onde uns e outros a vêem. Eu sei onde está a beleza. Está numa ruga que se ganhou por felicidade. Está numa folha que cai, castanha, no Outono. Está no sol que se põe ao fim da tarde e promete voltar.
A beleza está na essência do nosso ser. Somos belos se assim o quisermos ser. Mostrar um sorriso de felicidade! Há coisa mais bela? Ou uma lágrima. É água, transparente e singela.
A beleza choca-me. Há fins de tarde que de tão belos que são - sol a pôr-se, céu alaranjado, nuvens escassas, brisa suave - parecem saídos de um livro fantástico.
A beleza está o amor. Na confidência. Na alegria. Na amizade. A beleza está lá fora. Do outro lado da janela - vida, é beleza. Se a beleza é perfeição, a vida é beleza.



Para a Fábrica de Letras

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Lições de amor


A palavra de despedida é a palavra de praxe.
Diz-se o que o outro já sabe há muito, mas que não vê.

Soa-me a rotina, a palavras rotineiras
Ditas sem sentir, sem coração
Ditas sem ele saltar as estribeiras
Sem amor ou saudade ou paixão
Apenas uma palavra seca
De uma alma que não sabe amar
Que é fraca
Que desdenha mas não quer comprar
Não quero mais palavras sem sal
Que venham mas com impulso
Com força, brilhantes como o cristal
Sentidas
Porque sentir entre dois seres
É o que mais importa.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Trash


Às vezes acho que perco tempo demais a pensar em ti, no que te dizer, no que fazer, no que te dar.
Já te dei tudo.
Perco esse tempo a pensar no que fazer para te ver sorrir.
Acho que isso já não vale a pena e vou começar a tratar-te como algo adquirido.
Ou isso, ou então fazer algo que mostre que não sou um dado adquirido.
Assim só para ver se a coisa melhora.
É que isto de sermos frios não é para mim.
Eu gosto de calor.
Humano, de preferência.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Mudança


Vagueio por aí mas não saio do mesmo sítio.
O mundo muda mas tudo me parece igual e impossível de ser mudado. Acho mesmo que é. O que se altera é o momento do ciclo porque a vida é um ciclo, vicioso por vezes, uma dia é moda o castanho, um ano é moda o verde e corre as cores todas até chegar um dia de um ano em que volta a moda do castanho e achamos um máximo porque já não era moda desde a última vez em que o foi. Por isso, nada muda. No entanto mantenho-me fiel ao pensamento que não muda mas transforma-se. E mudar não é transformar? Não. Mudar é ficar diferente. Transformar é evoluir (ou pelo menos pretende-se que evolua porque também pode regredir).
Viajo por aí mas não saio do mesmo sítio.
As pessoas transformam-se mas parecem-me sempre as mesmas pois estou presente nessa transformação. Só não me parecem as mesmas no dia da transformação. Dois dias depois já são iguais, as mesmas de sempre! E não é assim com todos nós? Pois, eu sei que sim.

Nada muda, tudo se transforma.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Tu


Os abraços fortes é o que mais me marca.
Tu marcas-me.
Fazes-me viver.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A aventura dos sentidos


Sentir é sem dúvida a maior das aventuras que podemos experimentar.
Sentes um rush pelo corpo todo como se estivesses a fazer queda livre?
Eu sinto. Queda livre. Total liberdade. Depois caio e os teus braços aconchegam-me e sinto de novo. Desta vez sinto calma... Como o mar nas manhãs quentes de Verão que embala a alma.
Sinto mais do que devia.
Gostava que sentisses como eu. Ora é forte. Arruína-me, devora-me. Ora é calmo. Acalma-me, adormece-me.
Sentir. Se sentires vais longe, dás a volta ao universo num segundo e está tudo dentro de ti.
Tens a força que precisas para acreditares nisso. Eu sou a tua força? Tu és a minha. Levas-me tão alto, tão rápido, que nem respiro. Desço devagar para aproveitar o dom que é sentir. A pele queima. O respirar acelera. O gosto aguça, fica guloso. Sofro de gula por ti. Sinto-te e saboreio-te demais. Sente comigo.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Rotina


Já não sei o que hei-de fazer
Para mudar esta rotina
Esta vida que nunca imaginei
Que pudesse ter
Cada lágrima parece ser
Mais um marco da minha sina
Algo que já é natural
E que se o contrário acontecer
Já não é normal da rotina

Pode não ser assim...
Mas parece!
Cada olhar ao céu
É mais uma prece
É o princípio e o fim
De algo que perturba em mim
O sentido de ser
E não há nada a fazer
A não ser...
Crer!
Que há-de tudo mudar
Que há-de haver mudança
Se ninguém mais acreditar
Serei eu a ter confiança!
Nada acaba no princípio
E este nem sempre
Parece estar no início...

Enganos da minha mente!
Que como todas, se engana
Mas a minha, que é só minha
E de mais ninguém, senão minha
Há-de descobrir a meta
Há-de descobrir o fim
Há-de ir para onde aponta a seta
E levar-me, a mim
Para fora da rotina
Que até já na minha retina
Está gravada
E já não a deixa fascinada
Com nada!